A máscara no Teatro: quem teve esta ideia?
Um pouco da história deste objeto tão misterioso
Não se sabe ao certo quem teria sido o primeiro a usar uma máscara no
teatro. Segundo José Jansen, a máscara com finalidades cênicas é tida
como de origem grega e seu uso, divulgado pelos poetas contemporâneos a
Thespis (ator grego que rompeu com as tradicionais declamações em coro,
apresentando-se em papeis destacados como protagonista) nos cultos
Dionisíacos.
Além de diferenciar os atores dos coristas, o uso da máscara
possibilitava o aumento do número de personagens sem ter que aumentar o número de atores.
possibilitava o aumento do número de personagens sem ter que aumentar o número de atores.
Na primeira fase do teatro grego, as máscaras tinham formas
rudimentares, eram feitas de folhas e foram ter apelo emocional anos
mais tarde. Como o teatro nasceu do povo, atraiu as grandes massas, pois
era um divertimento muito popular.
Da Grécia, a máscara foi a Roma, onde ganhou novas denominações: persona e larvas, que significam tanto a máscara material, como as suas utilidades práticas relativas à voz, expressão, etc.
De Roma, ela ganhou pontos mais distintos da Europa, sofrendo algumas
modificações tipológicas na Idade Média, Renascença (que é marcado pelo
início do teatro profissional), na Commedia dell’Arte, nas
sociedades secretas de Veneza e vem sofrendo, a cada era, modificações
significantes em seu uso nos palcos. As mudanças mais recentes,
provavelmente, foram as que deram origem às máscaras larvárias.
Hoje, se no Oriente a máscara faz com que o mascarado sinta a
transformação que ela lhe causa, no Ocidente esta sensação é
inexistente. Na verdade, o homem ocidental vê a máscara como um objeto
ao qual precisa dar vida, que não tem conotação com o passado ou
energias sobrenaturais e sim significados que a imagem da máscara
oferece. Porém, nos últimos tempos, a máscara tem tido uma nova
significação no mundo ocidental, pois ela tem sido usada como
instrumento de preparação do ator. Ela funciona como instrumento que faz
com que o ator tenha uma nova dimensão do espaço, favorecendo sua
introspecção e fazendo com que ele mantenha constante atenção sobre seus
movimentos, que devem ser cuidadosamente utilizados, já que o rosto,
que antes era usado como um dos primeiros recursos de expressão dos
sentimentos, está escondido.
De qualquer maneira, onde quer que esteja, a máscara tem influência
direta sobre a transformação daquele que a utiliza, seja para ocultar ou
para revelar novas personalidades, pois seus significados são
transmitidos intuitivamente, já que a máscara exclui o pensamento
racional.
CRÉDITOS:
Texto de ADRIANA VARAJÃO originalmente publicado no blog GEAMA em 30 jan 2013.
http://blog.geama.com.br/blog/blogs/blog_teatro/a-mascara-no-teatro-quem-teve-esta-ideia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário