sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Um pouco da história deste objeto tão misterioso


Não se sabe ao certo quem teria sido o primeiro a usar uma máscara no teatro. Segundo José Jansen, a máscara com finalidades cênicas é tida como de origem grega e seu uso, divulgado pelos poetas contemporâneos a Thespis (ator grego que rompeu com as tradicionais declamações em coro, apresentando-se em papeis destacados como protagonista) nos cultos Dionisíacos.
Além de diferenciar os atores dos coristas, o uso da máscara
possibilitava o aumento do número de personagens sem ter que aumentar o número de atores.

Na primeira fase do teatro grego, as máscaras tinham formas rudimentares, eram feitas de folhas e foram ter apelo emocional anos mais tarde. Como o teatro nasceu do povo, atraiu as grandes massas, pois era um divertimento muito popular.

Da Grécia, a máscara foi a Roma, onde ganhou novas denominações: persona e larvas, que significam tanto a máscara material, como as suas utilidades práticas relativas à voz, expressão, etc.

De Roma, ela ganhou pontos mais distintos da Europa, sofrendo algumas modificações tipológicas na Idade Média, Renascença (que é marcado pelo início do teatro profissional), na Commedia dell’Arte, nas sociedades secretas de Veneza e vem sofrendo, a cada era, modificações significantes em seu uso nos palcos. As mudanças mais recentes, provavelmente, foram as que deram origem às máscaras larvárias.

Hoje, se no Oriente a máscara faz com que o mascarado sinta a transformação que ela lhe causa, no Ocidente esta sensação é inexistente. Na verdade, o homem ocidental vê a máscara como um objeto ao qual precisa dar vida, que não tem conotação com o passado ou energias sobrenaturais e sim significados que a imagem da máscara oferece. Porém, nos últimos tempos, a máscara tem tido uma nova significação no mundo ocidental, pois ela tem sido usada como instrumento de preparação do ator. Ela funciona como instrumento que faz com que o ator tenha uma nova dimensão do espaço, favorecendo sua introspecção e fazendo com que ele mantenha constante atenção sobre seus movimentos, que devem ser cuidadosamente utilizados, já que o rosto, que antes era usado como um dos primeiros recursos de expressão dos sentimentos, está escondido.

De qualquer maneira, onde quer que esteja, a máscara tem influência direta sobre a transformação daquele que a utiliza, seja para ocultar ou para revelar novas personalidades, pois seus significados são transmitidos intuitivamente, já que a máscara exclui o pensamento racional.

CRÉDITOS:
Texto de ADRIANA VARAJÃO originalmente publicado no blog GEAMA em 30 jan 2013.
http://blog.geama.com.br/blog/blogs/blog_teatro/a-mascara-no-teatro-quem-teve-esta-ideia/

 

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